Contaminação de mariscos e peixes na Bahia é baixa e permite consumo

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A análise feita por técnicos da Bahia Pesca, empresa estatal vinculada à Secretaria de Agricultura da Bahia (Seagri), confirmou que amostras de peixes, caranguejos, ostras e siris coletadas pelo órgão após as manchas de óleo atingirem o litoral baiano estão com baixo nível de contaminação.

As análises foram feitas no laboratório da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Segundo informações do documento técnico divulgado pelo órgão, as 23 amostras analisadas estão próprias para consumo, porque apresentaram níveis da substância Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPAs) “leves”, que estão abaixo da referência estabelecida pela entidade internacional Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (Usepa).

A coleta de peixes e mariscos foi enviada para uma análise laboratorial e levada para a Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental do Estado da Bahia.

De acordo com a Bahia Pesca, a coleta foi realizada em quatro etapas. Na primeira, os técnicos fizeram a identificação das áreas afetadas pelo derramamento de óleo. Em seguida, visitaram as comunidades pesqueiras que foram impactadas pela substância entre 23 de outubro e 19 de novembro.

Ainda de acordo com o órgão, as áreas de pesca vistoriadas ficam em Jandaíra, Conde, Entre Rios, Camaçari, Caravelas, Salvador, Maraú, Itacaré, Ilhéus, Canavieiras, Belmonte, Prado, Alcobaça, Santa Cruz Cabrália, Vera Cruz, Ituberá, Jaguaripe, Valença, Nilo Peçanha, Cairu, Camamu e Taperoá.

A 3ª etapa foi a coleta e a entrega ao laboratório para a análise da segurança do consumo do pescado.

Impacto

A Bahia Pesca estima que cerca de 43 mil pescadores foram afetados, direta ou indiretamente, pelo derramamento de óleo na área que abrange o litoral da Bahia entre Conde, no norte do estado, e Cairu, que fica no baixo sul.

O órgão informou que os impactos diretos são a presença do óleo na área de pesca, que impedem a atividade. Já o impacto indireto, se reflete na queda do volume de vendas do pescado, já que os consumidores estão mais cautelosos nas cidades atingidas pelo óleo.