Como evitar que prefeitos passem a mão no dinheiro do coronavírus?

Por conta do novo coronavírus, compras e contratos podem ser feitas emergencialmente pelas prefeituras sem licitação. Se eles já metiam a mão com todas exigências da licitação, imagine agora.

Sem contar com o papel fiscalizador dos vereadores, o dinheiro público para combater o coronavírus na maioria das cidades baianas – recursos próprios, repasses e medidas emergenciais – vai ser gasto sem transparência, com o vício de sempre. 

Muitos gestores vão meter a mão sem dó, ainda mais diante de tantas incertezas e sendo ano eleitoral. A crise do coronavírus revela um país pobre, desempregado, infectado pela corrupção. Há famílias que não conseguem comprar nem mesmo sabão e as campanhas mandam usar álcool em gel. A corrupção já deixou o SUS do jeito que está. A pandemia pode ser a tampa do caixão.

Cabe ao Ministério Público dar plantão de olho nas compras e contratações, que em situação de emergência podem dispensar licitação. Cada cidade pode fazer a sua parte.

Preocupante isso. 

Por Geraldinho Alves, jornalista e editor do Bahia40graus.

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