PM vai garantir toque de recolher em Porto Seguro, Eunápolis e mais 341 cidades

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19/02/21 – Sem vacina para a população e com os casos de Covid-19 aumentando, governo baiano apela mais uma vez para o toque de recolher, medida radical de tempos de guerra e regimes totalitários.  

A partir desta sexta-feira, 19 de fevereiro, até o próximo dia 25, entra em vigor o toque de recolher, das 22 horas às 05 horas do dia seguinte, em Porto Seguro, Eunápolis e mais 341 cidades na Bahia, estabelecido por decreto assinado pelo governador Rui Costa (PT). A medida também inclui a capital, Salvador. 

A Polícia Militar (PM) vai atuar nas ruas para garantir o cumprimento do decreto. Em algumas cidades a PM terá apoio das prefeituras. 

O objetivo da medida é conter o avanço do coronavírus no estado. 74 cidades, entre elas Irecê e Jacobina, não terão toque de recolher por apresentarem números satisfatórios de casos de Covid-19, segundo o governo estadual.

Nas demais, a Covid-19 está praticamente fora de controle e os hospitais públicos não têm mais vagas nas UTIs. 

Foto: Mateus Pereira

Restrições

1 – Durante o toque de recolher, a circulação de pessoas nas ruas será restrita;

2 – Os estabelecimentos de serviços não essenciais deverão encerrar as suas atividades até as 21h30;

3 – Locais comerciais como shoppings, bares e restaurantes, além de lojas de conveniência em postos de combustível, deverão estar fechados e vazios até às 22h.

Prisão

A porta-voz da PM, major Flávia Barreto, ressalta que o esforço conjunto é para preservar vidas e que a PM vai atuar para evitar que as pessoas não se aglomerem ou estejam circulando nas ruas após as 22h. O objetivo da PM, segundo a major, não é prender as pessoas. 

“Esta é uma ação para preservar a saúde, e estamos orientando desde já para que as pessoas não permaneçam na rua. Caso encontremos pessoas descumprindo o que está estabelecido, aí sim iremos conduzir para a delegacia porque estarão cometendo dois crimes previstos no decreto, que são de desobediência e o crime contra a saúde pública. Essa condução apenas será feita se as pessoas insistirem em permanecer nas ruas aglomerando. Quem estiver se deslocando para suas residências ou à procura de serviços essenciais, como farmácias e hospitais, poderá circular normalmente. Tudo será analisado e, com muito bom senso, iremos permitir ou não a circulação das pessoas”, esclarece.

Informações: Secom-BA Fotos: Mateus Pereira/GovBa