Protestos em Cuba. Entenda por que a população cansou da ditadura socialista

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18/07/21 – Sem argumento realista, os defensores da ditadura cubana, como o ex-presidente Lula, estão usando o embargo norte-americano como pretexto para justificar os protestos iniciados em 11 de julho em cerca de 80 cidades de Cuba, incluindo Havana, a capital. Ao comentar sobre os protestos que pedem o fim da ditadura socialista na ilha, o líder petista chegou a afirmar que se não fosse o embargo Cuba seria uma “Holanda”. Lula está manipulando. 

O fracasso do socialismo cubano virou a diversão da direita brasileira e internacional. Mas a Revolução Cubana viveu tempos áureos entre as décadas de 1970 e 1980, quando a então União Soviética injetava dinheiro na ilha. Com o fim da União Soviética, a vida em Cuba virou um inferno. Era um ícone de sucesso do socialismo, virou a vergonha.  

Embargo não é o que parece

Embora a narrativa de que o embargo norte-americano a Cuba seja usada para justificar o fracasso econômico cubano, na prática não é como se fala:

1 – O embargo norte-americano nunca impediu Cuba de importar alimentos e remédios dos EUA ou de outros países.

2 – O embargo também não proíbe o comércio com o resto do mundo. A esquerda usa a retórica de perseguição às empresas que venderem para Cuba. Mas também é falso o argumento.

3 – Cuba não compra de outros países porque falta dinheiro e os credores não confiam em conceder mais empréstimos ao governo. O país socialista não consegue produzir riqueza e sua economia vem definhando há décadas.

4 – Entre os motivos da insatisfação popular também está o descontrole com a pandemia de coronavírus, além da falta de comida e remédios.

5 – A ditadura cubana se recusou a entrar no consórcio da Covax/ONU, apostando em duas vacinas sem eficácia comprovada.

6 – Na ilha faltam analgésicos e outros medicamentos para tratar os sintomas da covid.

7 – O país sofre constantes apagões elétricos.

Liberdade!

“As pessoas estão famintas, sem remédios e sem luz, mas elas não saíram protestando como em um gesto de desespero. Elas foram pedir liberdade”, diz o historiador Boris Gonzales Arenas, de Havana.

Segundo o historiador, a repressão aos protestos foi dura.

1 –  Viaturas policiais estacionaram à frente das residências de vários ativistas para impedi-los de sair. 

2 – Redes sociais, linhas de telefone e aplicativos de mensagens foram bloqueados.

3 – Centenas de pessoas foram detidas. Mais de 180 jornalistas e ativistas dos direitos humanos desapareceram ou foram presos. De noite, agentes uniformizados invadiram suas casas para prendê-los. 

Com Crusoé, BBC Brasil e sites internacionais.