Como as mulheres vítimas de estupro se uniram pra denunciar João de Deus

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A reportagem que trouxe a denúncia de abuso sexual contra o médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, 76, no programa Conversa com Bial, da TV Globo, foi um novo capítulo do ativismo de mulheres que haviam sido, elas próprias, vítimas de um outro caso rumoroso, o do ex-médico Roger Abdelmassih, condenado a 181 anos de prisão por estuprar 37 pacientes em sua clínica de reprodução em São Paulo.

Criada em 2012 por vítimas de Abdelmassih, a organização Vítimas Unidas vinha recolhendo relatos contra o médium desde setembro e procurando apoiar as mulheres que contam terem sido abusadas pelo líder religioso. Junto com o Vítimas Unidas, a ativista Sabrina Bittencourt, que diz representar uma das filhas de João de Deus, também ajudou a organizar os relatos o goiano.

A organização é formada por mulheres que destinam parte de seu tempo ao ativismo contra abusadores sexuais, agressores de mulheres e erros médicos, entre outros crimes.

O médico estuprador tá em casa – Muito rico, Abdelmassih está cumprindo prisão domiciliar. A Justiça brasileira só pune pobre, em regra. Antes de ser preso, o médico estuprador fugiu para o Paraguai. Foi uma investigação da organização Vítimas Unidas que ajudou a rastrear o ex-médico foragido. Uma operação com a cooperação da polícia paraguaia permitiu a policiais brasileiros realizarem a prisão do ex-médico na capital do país vizinho. mas a Justiça acabou premiando o estuprador com prisão domiciliar.