Duda Mendonça acusado de crime ambiental na praia de Taipú de Fora-BA

Moradores e banhistas protestam contra obras na mansão do publicitário agredindo um dos paraísos do litoral baiano, ameaçando corais e diversas  espécies marinhas.

A construção de um imenso muro e de um quiosque ampliando a mansão do publicitário Duda Mendonça, na praia de Taipú de Fora, em Maraú, sul da Bahia, foi alvo de protestos de banhistas, moradores e ambientalistas durante toda a semana passada. O muro tem a função de conter o avanço do mar, já o quiosque é para ampliar a mordomia à beira-mar do dono da casa e convidados.

Imagem TV Bahia

Denúncia – Os manifestantes dizem que as obras realizadas no local, embargadas pela prefeitura após os protestos, estariam causando impactos ambientais. Eles já denunciaram o caso ao Ministério Público Federal (MPF), em Ilhéus.

Na sexta-feira, 14/12, houve manifestação com cartazes, vídeos postados nas redes sociais e muito barulho pedindo a retirada do muro que cerca a mansão do publicitário e também do quiosque construído no local.

Sem autorização – Para construir na praia é preciso autorização da Secretaria do Patrimônio da União (SPU). A mansão do ex-marqueteiro de Lula e Maluf, que fez fortuna com caixa 2 na era PT, fica em frente a um dos principais pontos turísticos da Península de Maraú, as piscinas naturais de Taipú de Fora.

Danos ambientais – Ativistas dizem que o muro, de 1 metro de largura por 4 de profundidade, atinge uma barreira de corais que já tinha sido soterrada pela areia. Afirmam ainda que a obra dificulta a chegada na praia de tartarugas das espécies Verde e Cabeçuda, que fazem desova no local.

Mais protestos – “Todos aqui estão lutando para a derrubada desse muro e para o embargo dessa obra. A gente não pode ter um muro de concreto na frente de um santuário natural, com ecossistema rico”, afirmou a engenheira ambiental Laura Petroni.

“Realmente, é caracterizado crime ambiental. Não tem como proteger propriedade e destruir um patrimônio que é do Brasil, que é do planeta”, afirma a agente ambiental Priscila Valentim.

Com relação ao quiosque construído na faixa de areia, os moradores dizem que a obra atrapalha a passagem de banhistas quando a maré está alta.

“A maré bate lá, no cimento, onde tem aquelas madeiras. Eles alegam que isso aqui seria uma passarela, que iria ajudar a gente a transitar, mas, na verdade atrapalha porque quando a maré está alta ninguém passa e impede o nosso direito de ir e vir”, afirma a fisioterapeuta Mariel Boff.

Com informações do portal G1/Bahia, TV Bahia e redes sociais