Bom desempenho de Moro no Senado diminui pressão

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Pode-se dizer que até agora a montanha pariu um rato no caso do vazamento pelo site Intercept das conversas do ex-juiz e atual ministro da Justiça Sérgio Moro.
A violação ética (talvez até criminal) cometida nas conversas vazadas por “fonte anônima” é cultura do judiciário brasileiro, mas não há nada, por enquanto, provando a tese da teoria da conspiração construída de que toda a Lava Jato foi orquestrada e manipulada para tirar a esquerda do poder, com a prisão do ex-presidente Lula sem provas, poupando alguns partidos que também participaram da corrupção na Petrobras.
É cedo pra condenar e também para inocentar. mas se for só o que foi publicado até agora, Moro sai mais forte do caso.  
O ministro da Justiça procurou voluntariamente o Congresso. Na quarta, 19 de junho, ele passou cerca de 9 horas respondendo aos senadores sobre a questão, mostrando os números positivos da Lava Jato, inclusive a quantidade de pedidos negados aos procuradores.
Tranquilo e focado, Moro deu um banho nos senadores acostumados a lidar com presas fáceis de intimidar. O ex-juiz mostrou que, caso sobreviva às turbulências, será páreo duro em 2022.

Por Geraldinho Alves, jornalista e editor do Bahia40graus

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