O outro lado dos tupinambás de Belmonte que a mídia não conta

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Bahia40graus ouviu relatos de ameaças de morte, roubos e saques, inclusive de produção agrícola, por parte de produtores rurais instalados há décadas na área de 9 mil hectares em Belmonte, onde o governo federal delimitou e tenta demarcar como área indígena, já tendo assentado lá uma aldeia tupinambá, liderada pela cacica Cátia, ligada ao grupo de Babau. 

O polêmico Babau é o mesmo que promoveu o conflito de terras no sul baiano, em Olivença, Una, Pau Brasil, Buerarema e Camacan. À época, houve intervenção federal com militares por conta da Copa do Mundo. 

Visita

Na semana passada, a aldeia Patiburi dos tupinambás de Belmonte recebeu a visita de duas deputadas do PT, Neusa Cadore e Maria del Carmen, que vieram em comitiva, para tratar dos supostos problemas de segurança pública alegados pela comunidade. 

A comitiva da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa não incluiu o prefeito da cidade, a Câmara de Vereadores nem a OAB local.

Também é a 2ª vez que parlamentares visitam a área sem ouvir os produtores rurais, que apresentaram ao Bahia40graus Boletins de Ocorrência registrados na Polícia Civil, denunciando atos criminosos praticados pelos tupinambás locais, além de diversas narrativas de roubos, saques e ameaças de mortes, fatos já conhecidos das autoridades policiais da região, inclusive da Polícia Federal e da Polícia Militar Ambiental. 

Roubo de cacau

Um caso curioso narrado foi o roubo da produção de cacau de uma conhecida fazenda na região, cujo caminhão com a mercadoria foi apreendido em Canavieiras. 

Muitos produtores rurais temem um conflito sangrento na área. Algumas autoridades assistem inertes, outras promovem discursos demagógicos e tendenciosos. O que a região precisa é pacificação, que só virá pela ordem e justiça. 

Riquezas minerais

Em outra matéria, a ser publicada em breve, vamos abrir a caixa preta da questão indígena, que esconde os interesses corporativos de grandes mineradoras internacionais. Inclusive na Bahia. Aguarde.