Tragédia de Brumadinho: 1 ano sem indiciamentos por homicídio ou crime ambiental

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O rompimento da barragem de Brumadinho, no interior de Minas Gerais, no dia 25 de janeiro de 2019, foi uma das maiores tragédias do País. Morreram 259 pessoas e 11 ainda continuam desaparecidas. 

Danos ambientais

O estrago ambiental foi imenso para o Rio Paraopeba, fauna e flora do entorno do acidente. Foram identificados 10 sítios arqueológicos parcialmente ou totalmente destruídos. As investigações da Polícia Federal (PF) já comprovaram que houve contaminação inclusive de lençóis freáticos. 

Mas a PF ainda não indiciou ninguém pelos pelos crimes ambientais nem contra a vida. Houve indiciamentos apenas relacionados a falsidade ideológica e uso de documentos falsos na liberação da barragem e atestados de estabilidade do local.

Análise fora do País

De acordo com a PF, o grande desafio é esclarecer o que fez com que o rejeito, que estava sólido dentro da barragem, se convertesse em fluido. Para obter essa resposta, parcerias têm sido firmadas fora do País. 
Em novembro do ano passado, com intermediação do Ministério Público Federal (MPF), foi anunciado um acordo com a Universidade Politécnica da Catalunha, sediada em Barcelona, na Espanha. Pesquisadores da instituição estrangeira estão responsáveis por um trabalho de modelagem e simulação por computador para identificar as causas do rompimento da barragem. O laudo deve ficar pronto até junho.