Professores são barrados no gabinete do prefeito de Eunápolis

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A tirania do prefeito Robério está aflorada, ainda mais com o apoio “técnico” do secretário Luís Otávio, que em entrevista à TV Santa Cruz disse que os professores deram prejuízo de R$ 13 milhões no ano passado, sendo duramente criticado pela APLB.

Na manhã desta segunda-feira, 11 de fevereiro, um grande protesto dos professores marcou o início do ano letivo na rede municipal de Eunápolis. Liderados pela APLB Sindicato, com a presença de dirigentes sindicais de diversas cidades, os professores foram em passeata do bairro Pequi até o gabinete do prefeito, no bairro Centauro, mas não foram recebidos de imediato. O prefeito Robério mandou fechar as portas do gabinete. Um dos seus assessores, pastor Bené, disse que a ordem partiu da Procuradoria Jurídica.

Por mais de 1 hora os professores, barrados, ocuparam a área externa onde, ironicamente, o prefeito usou há poucos dias para anunciar os novos membros da equipe e que ele será candidato reeleição. Dias depois, justo no mesmo lugar, os professores cobravam de Robério que cuidasse da Educação e respeitasse a categoria.

O ano letivo começou hoje nas escolas municipais, mas os professores foram apenas acolher os alunos e marcar presença. A categoria está em estado de greve e realiza Assembleia geral nesta terça, 12/2, pela manhã. “Estamos lutando contra a retirada de direitos que significa perda salarial e mais horas trabalhadas” disse uma professora revoltada com a situação.

Depois de esperar por mais de 1 hora, as portas do gabinete foram abertas apenas para os dirigentes da APLB. O prefeito não estava no local. “Ele geralmente acorda por volta do meio-dia”, revelou um assessor. “Ele prefere trabalhar de noite e de madrugada”, concluiu a fonte. Uma nova reunião foi marcada, mas até am publicação desta matéria, às 19:10 horas o gestor não havia atendido a APLB.

Bahia40graus não conseguiu ouvir a versão do governo por que o repórter foi barrado no gabinete por um preposto da prefeitura que se identificou como guarda municipal, embora não estivesse uniformizado e não seja a função dele.

Por Geraldinho Alves, jornalista e editor do Bahia40graus