PSDB do Paraná vai a Doria por refundação do partido

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Duas vezes prefeito de Curitiba e duas vezes governador do Paraná, o tucano Beto Richa tornou-se o elefante na sala de estar do PSDB estadual. Preso na Operação Rádio Patrulha, que apura irregularidades em contratos de manutenção de estradas rurais no interior do estado, ele é investigado ainda por supostas ilicitudes em obras de construção de escolas estaduais, na duplicação de uma rodovia e nos contratos firmados com as concessionárias de pedágios. Nas eleições para o Senado fez menos de 4% dos votos válidos e terminou a disputa na sexta colocação. De quebra, o PSDB não elegeu nenhum deputado federal e viu sua bancada na Assembleia Legislativa diminuir de cinco para três deputados. Richa, porém, segue na presidência do PSDB estadual.

O desconforto com a situação levou um grupo de jovens lideranças tucanas a procurar o governador eleito de São Paulo, João Doria, em busca de uma “refundação” do PSDB no estado. Há muita rejeição também contra Ademar Traiano, presidente da Assembleia Legislativa, e primeiro vice do PSDB estadual. Assim como Richa, Traiano é investigado na Operação Quadro Negro (que apura os desvios em obras de escolas). O governador paulista pediu calma aos correligionários e afirmou que era preciso aguardar os passos de Richa. O grupo, que inclui deputados, prefeitos e vice-prefeitos, prometeu esperar, mas não descarta uma mudança em massa para outra legenda.

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