Ministério Público vê estelionato na ‘cura milagrosa’ vendida por pastor Valdemiro Santiago

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Para o procurador federal Wellington Saraiva, o pastor  Valdemiro Santiago de Oliveira, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, ‘usa influência religiosa para obter vantagem pessoal (ou em benefício da igreja), induzindo vítimas em erro, pois não há evidência conhecida de cura da Covid-19’.

Valdemiro aparece em vídeo divulgado na internet anunciando sementes de feijão com supostos poderes de curar a Covid-19.

Na sexta-feira, 8 de maio, a Procuradoria Regional da República da 5ª Região, no Recife (PE) pediu que o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) apure o caso e denuncie o pastor.

VANTAGEM PESSOAL

http://youtu.be/IVEh0mK8d_E
O pior é que tem quem caia no conto do vigário

Segundo o procurador federal Wellington Cabral Saraiva, “está claro” no vídeo que o pastor “usa de influência religiosa e da mística da religião para obter vantagem pessoal (ou em benefício da igreja), induzindo vítimas em erro, pois não há evidência conhecida de cura da Covid-19 por meio de alguma divindade nem por ingestão ou plantação de feijões mágicos”.

“O noticiado não fala explicitamente em pagamento, pois emprega a palavra-código “propósito”. As vítimas não fariam pagamentos, mas “propósitos”. A despeito do disfarce linguístico, o ardil está claro: os fiéis devem pagar valores predeterminados para obter feijões mágicos que os poderão curar da Covid-19, mesmo em casos graves”, afirma Wellington Cabral Saraiva.

No vídeo, o pastor Valdemiro Santiago fala da planta e pede o “propósito de R$ 1 mil” por ela.