Quem financia armas para grupo bolsonarista de extrema direita? Diz aí Sara Winter

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Sara Fernanda Giromini, de 27 anos, que usa nas redes sociais o pseudônimo de ‘Sara Winter’, foi presa na manhã desta segunda-feira, 15 de junho, pela Polícia Federal (PF) em Brasília, a pedido da Procuradoria Geral da República e por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com quem a ativista disse que gostaria de ‘trocar socos’.

Segundo o jornal O Globo, a prisão dela é temporária, com duração de 5 dias. Sara Winter foi levada para a Superintendência da PF em Brasília. Além dela, outras 5 lideranças do grupo “300 do Brasil” foram alvo de mandado de prisão. Os nomes ainda não foram divulgados.

Segundo o portal UOL, os “300 do Brasil” é um grupo armado de extrema-direita constituído por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. O grupo estava acampado em Brasília até sábado (13), mas o governo do Distrito Federal proibiu o acampamento. Esse mesmo grupo soltou fogos de artifício na direção da sede do STF, neste fim de semana.

Lei de Segurança Nacional

Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), os as prisões foram pedidas após indícios de que os alvos estavam captando recursos financeiros para cometer crimes previstos na Lei de Segurança Nacional. 

O objetivo é ouvir os investigador e reunir informações sobre o grupo.

Mais sobre ‘Sara Winter’

A ativista bolsonarista foi expulsa em maio do partido  Democratas, após declarações nas redes sociais contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Em 2018, Sara saiu candidata a deputada federal pelo DEM no Rio de Janeiro, obtendo 17.246 votos, não conseguindo ser eleita.

Mas o que levou a ativista à prisão não foram as suas polêmicas provocações nas redes sociais e sim o fato dela ter falado em entrevista à BBC que o grupo ‘os 300’ portava armas. 

Por causa disso, o STF autorizou a investigação para saber quem seriam os financiadores do movimento. 

A Constituição brasileira veda o “financiamento e a propagação de ideias contrárias à ordem constitucional e ao Estado Democrático” e a “realização de manifestações visando ao rompimento do Estado de Direito”, diz a justificativa da abertura das investigações.