Ex-assessor do filho de Bolsonaro tem muito que explicar

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Família Bolsonaro pode ser “casa de ferreiro, espeto de pau”.

Não tem como minimizar o fato de Fabrício Queiroz, ex-PM e ex-assessor do deputado carioca Flávio Bolsonaro (eleito senador), filho do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), ter movimentado mais de R$ 1,2 milhão em sua conta bancária, conforme informações obtidas pela Polícia Federal na Operação que investiga a corrupção na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Coaf – Embora o deputado não seja um dos investigados, as operações bancárias envolvendo assessores da Alerj foram rastreadas. Aí aparece o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão ligado ao Ministério da Fazenda, mostrando que servidores da Assembleia carioca transferiram no total 116.556 reais para a conta do ex-PM entre 1º de janeiro de 2016 e 31 de janeiro de 2017. E surge até um repasse de R$ 24 mil para a esposa de Bolsonaro, a futura 1ª dama do País, Michelle.

Muita explicação precisa ser dada para esse caso ser engolido e bem digerido:

1 –  Como um ex-PM trabalhando para o filho de Bolsonaro como motorista e segurança, ganhando salário de R$ 9.190,00, teria condições de movimentar tanto dinheiro?

2 – Como explicar o cheque do ex-PM para a mãe do patrão? O pai já assumiu que o dinheiro seria dele, mas dá no mesmo.

3  – A exoneração providencial de Fabrício em outubro do gabinete de Flávio Bolsonaro tem a ver com as revelações que surgiram agora?

4 – O que dizer do fato de 7 assessores da Alerj terem depositado valores na conta do ex-PM?

5 – Como um presidente da República eleito tem a ironia de assumir que sonegou o valor na sua declaração de imposto de renda como se fosse um crime de menor potencial?

6 – Será que a família Bolsonaro é mais um caso de “casa de ferreiro, espeto de pau”?