Entenda por que a aliança Bolsonaro-Moro está acabando
O amor era pouco e se acabou. A intervenção do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para afastar o superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, passando por cima de Moro e a transferência do Coaf (cujo chefe era da equipe de Moro) para o Banco Central, tirando do ministro da Justiça a autoridade sobre o órgão, marcam o fim da aliança entre o presidente e o seu ministro da Justiça, Sérgio Moro, diz Thomas Traumann em seu Podcast reproduzido pela revista revista Veja.
Demissão
O jornalista fala que Bolsonaro quer a demissão do ministro, mas Moro não quer sair. Por enquanto. Tudo parece uma questão de tempo.
Traumann explica mais:
1 – Entre 2015 e 2018, Moro foi a autoridade mais importante do Brasil;
2 – Foi ele o cérebro por trás das investigações da Lava Jato;
3 – A Lava Jato revelou o esquema bilionário de corrupção na Petrobras envolvendo o PT e diversos partidos;
4 – Moro conseguiu impedir a posse do ex-presidente Lula (PT) como ministro no governo Dilma, o que blindaria Lula das investigações na 1ª instância em Curitiba devido ao foro privilegiado;
5 – A ação de Moro ajudou no impeachment de Dilma;
6 – Ele condenou Lula a prisão, impedindo a candidatura do petista a presidente;
7 – Traumann afirma que “Sem Sérgio Moro não haveria Lava Jato; sem Lava Jato, provavelmente, não haveria impeachment. sem impeachment, com certeza, não haveria Jair Bolsonaro presidente”.
Traduzindo: Bolsonaro foi eleito com discurso de endurecer o combate à corrupção, mas dá mostras de que está indo na contramão.
Fonte: Podcast Traumann Traduz-Direto ao Ponto /Thomas Traumann / Revista Veja