Governo Bolsonaro extingue 27,5 mil cargos federais efetivos
Quem estiver na função vai até se aposentar. No Ministério da Saúde foram extintos 22.476 cargos, sendo 10.661 de agente de saúde pública.
O governo federal extinguiu 27,5 mil cargos efetivos e vedou concursos para 68 profissões em universidades e instituições federais de ensino.
Os postos extintos incluem atividades consideradas obsoletas como datilógrafo, telefonista e linotipista. Mas também acaba com outros cargos atuais como enfermeiro, auxiliar de enfermagem, técnico em saneamento, motoristas de órgãos específicos, como o Ibama.
Segundo o governo Bolsonaro, nenhum servidor que ocupe esses cargos atualmente será demitido. Do total de cargos que serão extintos, 14.227 já estão desocupados e serão suprimidos imediatamente. Outros 13.384 cargos estão ocupados e a extinção ocorrerá quando o servidor se aposentar.
Em março, o presidente Jair Bolsonaro editou decreto para extinção de 21 mil cargos, funções de confiança e gratificações no Poder Executivo.
Para o governo, grande parte dos postos que estão sendo extintos pode ser exercida por contratação terceirizada e descentralização para outros entes da federação.
Concursos vedados
O decreto atual veda ainda a abertura de concursos públicos e o provimento de vagas além do previsto em editais de seleções já em andamento em instituições federais de ensino para postos que incluem instrumentador cirúrgico, auxiliar de enfermagem, operador de câmera de cinema e TV, revisor de textos braile, técnico em música, em anatomia e em audiovisual, coreógrafo, diretor de artes cênicas, jornalista, publicitário, músico terapeuta e sanitarista, entre outros.