ONGS cobram punição para maus-tratos de animais no La Torre em Porto Seguro

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Dono do resort Luigi Rotunno pode ser punido com prestação de serviços comunitários, segundo procuradora jurídica da ONG Unimais/Faos-BA, a advogada Ana Rita.

A audiência do caso de maus-tratos de animais registrado em vídeo no resort de luxo La Torre, na Praia de Mutá em Porto Seguro, foi adiada desta quarta-feira, 29 de janeiro, para o próximo dia 3 de março, agora na 1ª Vara do Juizado Criminal da comarca local.

O caso é referente aos 3 gatos encontrados dentro de um saco na lixeira do La Torre, em novembro do ano passado, que teve repercussão nacional após uma ativista de proteção de animais publicar video nas redes sociais. 

A ação criminal foi movida pelas ONGs Unimais/Faos-BA e Ampa, baseada na lei 9605, artigo 32, que trata de crimes ambientais. O Ministério Público ambiental também acompanha o caso.

Ativistas, estudantes e ONGs

Lixeira do la Torre onde os gatos foram encontrados

Diversas ONGs de proteção de animais, ativistas, estudantes e simpatizantes da causa também estiveram presente hoje no fórum de Porto Seguro, entre elas a Voz dos Bichos, Gato Zen, Anjos D’Ajuda e Bicho Seguro.

O presidente da Unimais, Carlos Ferrer, disse ao Bahia40graus que o caso do La Torre é emblemático, por ser uma grande empresa hoteleira. Segundo Ferrer, foi constatado que que os funcionários do resort recebiam ordens de se livrar de cães e gatos que entrassem no hotel, inclusive alguns funcionários serão ouvidos no processo. 

A advogada da Unimais/Faos-BA, Ana Rita, também falou com o Bahia40graus. Ela disse que o desfecho da ação criminal pode ser a condenação do dono do La Torre, Luigi Rotunno, e funcionários ou até mesmo uma transação penal com prestação de serviços de cuidados com animais.

A Unimais não tem vínculo político-partidário, reúne mais de 90 outras ONGs de proteção aos animais e atua em todo o País.