Evangélicos serão maioria no Brasil daqui a 12 anos diz estudo

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Bahia40graus traz um resumo do estudo do demógrafo e professor aposentado da Escola nacional de Ciências Estatísticas do IBGE, José Eustáquio Alves, publicado pelo portal da revista Veja.

Em queda de 1,2% de adeptos por ano em média, desde 2010, os católicos hoje são 64% da população em números oficiais. Projeção aponta que em 2022 eles serão menos de 50% da população, pela primeira vez na história.

Por outro lado, o número de brasileiros que se declaram evangélicos cresce em média 0,8% ao ano, desde 2010. Os evangélicos devem ultrapassar pela primeira vez o total de católicos no País a partir de 2032. De acordo com os últimos dados oficiais, há aproximadamente 22 milhões de evangélicos (22% do total) contra 125 milhões de adeptos do catolicismo (64%) no Brasil.

Os dados fazem parte de um estudo do demógrafo José Eustáquio Alves, professor aposentado da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE. 

Para ele, se a média de crescimentos dos evangélicos e a média de queda dos católicos se mantiverem, os evangélicos devem se tornar maioria no País até 2032.

“Estamos vivendo uma transição religiosa nos últimos anos”, diz Eustáquio Alves, que estende sua avaliação para todos os países da América Latina.

A alteração mais emblemática no quadro religioso no País, porém, deve ser confirmada em 2022, quando os católicos devem representar, pela primeira vez, menos de 50% da população.

Para o pesquisador, os resultados das últimas eleições gerais, que ampliaram a presença de evangélicos no Congresso, são o reflexo mais direto deste fenômeno no Brasil.

Nos Estados Unidos, onde está a maior população absoluta de evangélicos do mundo, o fenômeno é diferente, segundo Alves. “Os que se declaram sem religião são os que mais crescem lá”, diz o pesquisador.