Bolsonaro arrisca vida dos brasileiros convocando população para o ato do dia 15
Ainda sem noção do tamanho da responsabilidade do cargo de presidente de um país com 220 milhões de habitantes, no momento em que no mundo inteiro dirigentes de muitas nações – Estados Unidos, Japão, Itália, por exemplo – estão adiando grandes eventos como medida de prevenção a propagação do coronavírus, Jair Bolsonaro convocou na sexta-feira, 6 de março, o povo brasileiro para protestar nas ruas contra o inimigo invisível do seu governo.
A atitude irresponsável beira a insanidade. Não é hora de juntar pessoas nas ruas, mas de evitar o contato. Até a igreja católica já tomou medidas preventivas mexendo nos rituais da missa. O papa está rezando missa no Vaticano pela televisão.
“Dia 15 agora, num movimento de rua espontâneo. E o político que tem medo de movimento de rua não serve para ser político. Então participem. Não é um movimento contra o Congresso, contra o Judiciário. É um movimento pró-Brasil. É um movimento que quer mostrar para todos nós, presidente, poder Executivo, Legislativo, Judiciário, que quem dá o norte para o Brasil é a população”, afirmou Bolsonaro no sábado (6/3), diante de uma plateia composta por diversos militares em Boa Vista, capital de Roraima.
O que Bolsonaro precisa fazer é governar o Brasil, descer do palanque (ou seria picadeiro?).
Economia vai de mal a pior
O PIB de 2019 foi um fiasco, a economia só andou porque ferraram o trabalhador liberando o dinheiro do FGTS que vai fazer muita falta para as famílias no futuro. O dinheiro foi para o consumo e quitação de dívidas.
Agora, no 3º mês de 2020, com a nova gripe que surgiu na China ameaçando trazer uma recessão global de consequências imprevisíveis, a economia brasileira dá sinais de que pegou um forte resfriado. A alta do dólar destrói nossa moeda e o poder aquisitivo. As bolsas estão despencando.
E o que Bolsonaro está fazendo? Convocando o povo brasileiro para arriscar pegar coronavírus nas ruas, em um protesto contra o Congresso, lugar onde ele passou 28 anos da sua carreira política sem reclamar.
#Não bagunça não capitão!
Por Geraldinho Alves, jornalista e editor do bahia40graus