Prefeito de Jequié é afastado por improbidade e TJ-BA mantém decisão
O prefeito eleito de Jequié, Sérgio da Gameleira (PSB), está afastado do cargo por ao menos 90 dias, por decisão da Câmara de Vereadores da cidade, em sessão na terça-feira (16/6). O placar foi 10×6 a favor da abertura de investigação e afastamento do gestor. O empresário e vice-prefeito Hassan Iossef (PP) já assumiu o cargo na quinta (18), mesmo dia em que o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) confirmou a decisão da Câmara e negou pedido de liminar do prefeito para voltar ao poder.
Denúncias
Eleito em 2016 com 33.594 votos (44,50%), Sérgio da Gameleira foi denunciado pelo Ministério Público estadual (MP-BA) por não repassar ao INSS os valores que foram descontados nos contracheques dos servidores municipais, além de suposta fraude em dispensa de licitação e atraso no pagamento de funcionários públicos. Além disso, o prefeito também fez altos gastos com publicidade. O MP-BA.
De acordo com o MP-BA, o prefeito teria causado prejuízo de quase R$ 5 milhões aos cofres municipais. Na ação, o MP aponta que o prefeito está desde 2017 sem realizar os repasses da previdência ao Instituto dos Servidores.
Bagunçou o cenário eleitoral
Nesta sexta (19), o colunista político Levi Vasconcelos escreveu sobre Jequié.
1 – Disse que a posse de Hassan criou um problema de família para o deputado federal Antônio Brito (PSD);
2 – Hassan é cunhado de Brito, que segundo Levi, vinha trabalhando o nome de outro cunhado, Alexandre da Saúde, irmão de Hassan, como prefeiturável;
3 – Com a posse de Hassan, Alexandre, por ser irmão, ficou inelegível;
4 – Mas ainda tem o deputado Zé Cocá (PP), o líder da pesquisas, que em tese estaria de camarote vendo o circo pegar fogo, escreveu Levi;
5 – Mas Hassan também é do PP, mesmo partido de Cocá, e pode tomar-lhe o lugar;
6 – E se Sérgio voltar? No lado de Antônio Brito o estrago já está feito, concluiu o colunista.