Policlínica Regional corre risco de virar elefante branco em Eunápolis

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24/03/21 – Com inauguração prevista para o final de abril ou começo de maio, a Policlínica Regional, construída ao lado da rodoviária de Eunápolis com recursos do governo estadual, corre o risco de começar a funcionar sem a adesão da cidade sede e da vizinha Porto Seguro, as duas maiores da Costa do Descobrimento, onde o Consórcio de Saúde integra 8 cidades e é presidido pelo prefeito de Cabrália, Agnelo Santos Júnior (PSD).

Mas de que adianta uma obra desse porte sem a adesão das maiores cidades, inclusive a cidade sede? O governador, certamente, não contava com a derrota do seu maior cabo eleitoral na região, o ex-prefeito Robério (PSD), cunhado de Agnelo. Mas como abortar o projeto agora e deixar um elefante branco do tamanho da Policlínica, em tempos de pandemia? A saúde pública regional precisa demais da Policlínica. Demais! 

O governo estadual terá recursos para cobrir o dinheiro que vai faltar? Os outros 6 municípios menores vão arcar com as despesas da demanda dos 2 maiores?

Prejuízo

A Policlínica Regional não pode negar atendimento ao usuário do SUS, como se especula, mas os moradores de Eunápolis e Porto podem ter dificuldade na Regulação caso as duas cidades se mantenham fora do consórcio. De quem a população que ficar desassistida vai cobrar: do prefeito, do governador ou do consórcio?

É um confronto inevitável às vésperas das eleições de 2022, onde a máquina da saúde pública sempre foi a menina dos olhos dos políticos. A disputa eleitoral entre o time do governo petista contra o time de ACM Neto e outros rivais promete.  

O povo, como sempre, paga a conta e o pato!

Por Geraldinho Alves – jornalista e editor do Bahia40graus