O que a operação da PF deflagrada hoje tem a ver com o STF e STJ 

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A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (17/11) uma operação contra esquema de corrupção, fraudes em licitações, evasão de divisas e lavagem de dinheiro envolvendo a Fundação Getulio Vargas (FGV), instituição de ensino e pesquisa privada com sede no Rio de Janeiro.

A Operação Sofisma cumpriu 29 mandados de busca e apreensão expedidos pela 3ª Vara Criminal Federal do Rio, tanto na capital carioca quanto na cidade de São Paulo. Também foram expedidas ordens de sequestro e medidas cautelares restritivas.

Segundo a PF, o esquema envolvia órgãos federais e estaduais, que contratavam a FGV com dispensa de licitação. As investigações, iniciadas em 2019, mostram que havia superfaturamento de contratos.

Entre os assuntos que são objeto da operação está o uso da Fundação para a emissão de pareceres cuja contratação servia, de acordo com a PF, para mascarar pagamentos de propina a agentes públicos. O esquema inclui empresas de fachada no Brasil e contas em paraísos fiscais do Caribe, como Bahamas e Ilhas Virgens.

Segundo o colunista Rodrigo Rangel, do site Metrópoles, a operação tem potencial para chegar nos tribunais superiores de Brasília (STJ, STF). Há tempos, a Fundação Getúlio Vargas mantém laços com magistrados das Cortes superiores, passando, por exemplo, a participar da organização de eventos jurídicos que receberam patrocínios de empresas, supostamente com interesses nos tribunais. A quebra dos sigilos da FGV no curso da investigação pode mostrar o caminho do dinheiro. 

Com informações da Agência Brasil e site Metrópoles