Moro perde ação para jornalista que lhe chamou de ‘juiz corrupto’

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Longe da magistratura desde que assumiu seu posicionamento político ao embarcar no ex-governo de Jair Bolsonaro (PL) como ministro, o agora senador Sérgio Moro (União-PR) perdeu mais uma ação na justiça, dessa vez para o jornalista Glenn Greenwald, ex- The Intercept.

A informação é da coluna de Mônica Bergamo, na edição de sábado (11), publicada na Folha de S.Paulo. A decisão é da 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná, sobre um processo movido por Moro após o jornalista classificá-lo como “juiz corrupto” nas redes sociais.

Em primeira instância, o ex-juiz da Lava Jato obteve vitória na ação, em que pede que as publicações com a alcunha “juiz corrupto” sejam deletadas do Twitter e do Youtube por Greenwald.

No entanto, no entendimento do relator Hélio Henrique Lopes Fernandes Lima, seguido pela maioria, “a remoção dos conteúdos referentes ao agravado [Moro], então pré-candidato à Presidência da República, implicaria, na minha óptica, em lesão à liberdade de opinião pública e política do agravante [Glenn], que exerce papel de imprensa, suscitando evidente censura”.

“O tribunal reconheceu o direito que o Glenn tem de chamar o juiz corrupto de juiz corrupto”, disse o advogado de Greenwald, José Renato Gaziero Cella.

Na ação, a advogada de Moro, Carolina Padilha disse que o jornalista “conhece o conceito de corrupção e certamente o utilizou com a intenção de ofender”. “A gente está trazendo uma acusação totalmente direta, que é o crime de corrupção”, disse.

Além do pedido de exclusão das postagens, Moro pediu uma indenização no valor de R$200 mil por danos morais. A solicitação ainda será analisada pelo TJ-PR.