Urgente: Incidente na Câmara de Vereadores de Eunápolis precisa ser apurado e esclarecido

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Há um claro indício de que pode estar havendo prevaricação por parte de alguns edis e servidores da Câmara Municipal de Eunápolis, pessoas que testemunharam os fatos de ontem (3) e não registraram B.O. na Polícia. Se registraram não divulgaram.

Adianto que não se trata de defender qualquer grupo político ou o governo, mas de defender a democracia, que serve a todos. Não é sobre votar agora ou não o afastamento da prefeita. Mas sobre o Estado Democrático de Direito.  

Ontem, o chefe do Poder Legislativo teria sido ameaçado por um colega vereador, de arma em punho, para que o pedido de afastamento cautelar da prefeita de Eunápolis fosse votado na sessão desta quinta-feira (4). Digo teria porque a omissão e o corporativismo falam mais alto nas crises. 

Gritos, murros na mesa e muita confusão marcou a definição da pauta da sessão. O radialista Anaildo Colônia narrou os acontecimentos em seu programa na rádio Nova FM, após ouvir testemunhas da confusão. É caso de falta de decoro passível de cassação, 

O Legislativo é a Casa das Leis e não a terra de ninguém, muito menos faroeste. É muito feio para Eunápolis essa imagem. 

Quem estava na sala da Presidência testemunhou o fato. Alguns e o próprio protagonista podem até omitir, afirmar que não houve, mas fontes confiáveis confirmam a fala do radialista da Nova FM e a consciência de cada um omisso nesse caso aponta para a verdade.

O Poder Legislativo de Eunápolis pode ficar manchado e precisa resgatar sua imagem. São 35 anos de história rasgados por uma atitude impensada, truculenta e inaceitável! Um vereador ameaçar o presidente da Câmara de arma em punho para impor uma pauta é inaceitável! 

A polícia pode agir de ofício, a promotoria também, o fato só não pode passar em branco, como se não tivesse acontecido. A insegurança agora é a nova lei da Câmara de Vereadores, que quer reformar a Lei Orgânica do município. As emendas serão à base de ameaças também? A publicidade da Casa pede a participação popular, como assim? Participar do que mesmo? 

Com a palavra o presidente da Câmara, vereador Jorge Maécio (PP), que precisa dar uma resposta firme, verdadeira e justa à sociedade. O incidente precisa ser esclarecido, oficialmente, pelos envolvidos. Estamos aguardando! 

Por Geraldinho Alves, jornalista e editor do Bahia40graus

IMAGENS ILUSTRATIVAS