Trabalho escravo: mais de 1,2 mil pessoas foram resgatadas em 2023

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Goiás e Rio Grande do Sul lideram as ocorrências; 87% dos casos são na zona rural. 

Somente este ano de 2023, mais de 1.200 pessoas foram resgatadas de situações análogas à escravidão. A informação foi destacada neste sábado (13) em postagem publicada nas redes sociais por Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).

“O dia 13 de maio é conhecido pela assinatura da Lei Áurea, em 1888. O que deveria ser um marco pelo fim da escravidão se tornou mais um dia de luta. Após 135 anos trabalhadores ainda são resgatados de situações análogas à escravidão. Só neste ano, 1,2 mil pessoas foram resgatadas dessa situação”, postou o ministro. Pimenta escreveu ainda que o governo brasileiro fará o que for necessário para construir um país mais justo. 

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, também lamentou em suas redes sociais o alto número de ocorrências de trabalho escravo no país: “Até hoje a abolição não foi concluída. Estamos todos chamados a concluí-la”.

DADOS OFICIAIS

Os dados relacionados ao resgate de pessoas em situações análogas à escravidão constam no Radar SIT, mantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Trata-se de um painel de informações e estatísticas on line sobre as inspeções do trabalho realizadas no país.

Em 2023, ocorreram resgates em 17 das 27 unidades federativas. Dos casos registrados, 87,3% envolvem trabalho rural. Em Goiás, 372 pessoas foram encontradas em situação análoga à escravidão desde o início de janeiro. Todas elas em estabelecimentos agrários. É o estado com o maior número de ocorrências.

Em seguida, aparece o Rio Grande do Sul, com 296 casos. Esse número foi impulsionado pela inspeção nas vinícolas Aurora, Garibaldi e Salton, em Bento Gonçalves (RS), onde 207 trabalhadores (a maioria da Bahia) viviam em condições degradantes.

COM INFORMAÇÕES DA AGÊNCIA BRASIL