As brigas fora das festas – as raízes da violência

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Quando se vê uma briga de rua entre jovens após uma festa é preciso mergulhar no fato para entender as raízes da violência. Uma juventude sem perspectiva como a juventude baiana, em qualquer região do estado, transpira violência. Quando há festas e aglomerações esse fato emerge e aparece mais.

Mas a violência não tem raízes nas gestões municipais, não é responsabilidade de nenhuma prefeita ou nenhum prefeito, é resultado de uma conjuntura política econômica macro desfavorável, responsabilidade dos governos federal e estadual. Que também respondem pela segurança pública nos municípios. 

Ainda há o papel das famílias em educar seus filhos para o convívio civilizado em sociedade, embora muitos jovens sejam filhos de pais separados e alguns até órfãos ou criados por avós, tios e sogros.

Está equivocado apontar o dedo para os governos municipais quando a violência aflora entre jovens. Pior ainda querer responsabilizar as forças de segurança. É um fenômeno social de um estado que vive na pobreza há anos, permitindo que criminosos recrutem a juventude para suas facções, apesar de algumas políticas públicas para combater tal prática. 

A violência nas ruas, fora das festas, tem raízes bem mais profundas.

 

Por Geraldinho Alves, jornalista e editor do bahia40graus