A briga pelos cargos federais na Bahia
A divisão dos cargos federais na Bahia deve atender 33 dos 39 deputados da bancada baiana em Brasília. Ficarão de fora os três deputados do Republicanos e dois do PL mais alinhados ao bolsonarismo, além do deputado federal João Leão (PP), que rompeu com o PT no ano passado. Com Lula (PT), será a primeira vez que esquerda e direita vão dividir cargos federais em um mesmo governo, desde 1998.
CODEVASF
Deputados federais do União Brasil conseguiram manter duas superintendências da Codevasf – sob comando de aliados dos deputados Elmar Nascimento e Arthur Maia, ambos da União Brasil, indicados ainda na gestão Bolsonaro. Petistas e aliados baianos não gostaram.
O PT reivindicou uma das superintendências, mas teve que recuar. O governo Lula precisou aprovar o arcabouço fiscal e a Reforma Tributária.
CORREIOS – SPU
O União Brasil também obteve o comando dos Correios na Bahia, indicação do deputado federal Dal Barreto. Na mesma leva de nomeações, até o PL conseguiu sua parcela na máquina federal, com o deputado federal João Bacelar (Jonga), que apoiou Bolsonaro em 2022, indicando o novo chefe do escritório regional da SPU – (Superintendência do Patrimônio da União) no estado.
CODEBA – FUNASA – DNOCS
As principais quedas de braço devem se dar em torno dos cargos estaduais na Funasa (Fundação Nacional da Saúde) e Codeba (Companhia Docas da Bahia).
Extinta por Lula e recriada após pressão do centrão, a Funasa tem uma disputa entre esquerda e o centrão baiano: brigam pelo cargo os deputados Cláudio Cajado (PP) e Alice Portugal (PC do B). O comando da autoridade portuária é pleiteado pelo PSB, mas as principais diretorias começaram a ser divididas entre partidos como PT e PSD.
Também houve disputa pelo Dnocs (Departamento Nacional de Obras contra as Secas). O senador Ângelo Coronel (PSD) levou a melhor diante do deputado Adolfo Viana (PSDB), que também pleiteava o cargo em meio a uma aproximação entre petistas e tucanos.