Policiais rodoviários que mataram motociclista asfixiado dentro de viatura foram demitidos

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O crime chocou o Brasil, mas ficou impune no governo Bolsonaro. 

Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, foi morto no porta-malas de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF), sufocado por gás introduzido pelos policiais da PRF, durante uma abordagem de trânsito, no dia 25 de maio de 2022, no município de Umbaúba, em Sergipe.

Os policiais rodoviários federais envolvidos na abordagem, William Noia, Kleber Freitas e Paulo Rodolpho, foram demitidos por justa causa. O anúncio foi feito pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, nesta segunda-feira (14/8).

Os policiais alegaram que Genivaldo foi detido porque conduzia uma moto sem capacete e que teria resistido com agressividade à abordagem.

No entanto, vídeos gravados e divulgados pela população local mostram que Genivaldo foi imobilizado pelos três agentes, sem oferecer resistência, colocado dentro do porta-malas e sufocado até morrer. Um dos policiais segura a porta do veículo sobre as pernas da vítima e pressiona para garantir que ele não escaparia.

O governo Bolsonaro assistiu a tudo passivamente, sem molestar os policiais rodoviários que cometeram o crime. O diretor-geral da PRF à época, Silvinei Vasques, hoje está preso por suposto uso da corporação para favorecer Bolsonaro no 2º turno das eleições do ano passado.