“Denegrir” e “buraco negro” são palavras racistas, diz ministra

Compartilhe

03/11/23 – Novembro é também o mês da consciência negra no Brasil e a pauta da mídia será igualdade racial e racismo, passando pela reflexão sobre a funesta história brasileira, em que milhares de negros africanos foram trazidos à força e escravizados para trabaharem na então colônia portuguesa. 

Letramento racial

Na primeira entrevista do programa do governo federal, “Bom dia, ministro”, a titular da Igualdade Racial, Anielle Franco, falou sobre o conceito de “letramento racial” e criticou o uso de palavras e expressões de cunho racista que permanecem no cotidiano dos brasileiros mesmo após 135 anos da abolição oficial da escravatura no Brasil. Doutoranda em linguística aplicada pela UFRJ, Anielle citou expressões como “denegrir” e “saímos desse buraco negro” como exemplo a serem evitados.

Anielle afirmou que o processo de desconstrução do racismo passa por diversos setores, desde as escolas ao poder público nas esferas municipal, estadual e federal. “O letramento (racial) passa pela Lei 10.639; passa por fortalecermos as leis de cotas”, disse ela, citando a lei que instituiu o ensino da história e cultura afro-brasileira no currículo escolar. 

Ainda durante a entrevista, a ministra defendeu a punição para o crime de racismo e citou ações que o governo federal pretende entregar no próximo 20 de novembro, em que se comemora o Dia da Consciência Negra. 

 

Redação / Bahia40graus – Foto: Rithyele Dantas/MIR