Jorge Maécio cobra ações da Embasa para preservação do Rio Buranhém
22/12/23 – O presidente da Câmara Municipal de Eunápolis e vereador Jorge Maécio (PP) usou o pequeno expediente durante a sessão ordinária de quinta-feira (21), para condenar a falta de responsabilidade social da Embasa (Empresa Baiana de Água e Saneamento) com a preservação do Rio Buranhém, que corta Eunápolis e abastece a população, “especialmente com a recuperação de manutenção das matas ciliares no entorno da Estação de Captação, localizada no Bairro Dinah Borges”, destacou.
O Bahia40graus publicou na semana passada matéria relacionada à situação crítica do Rio Buranhém, com imagens feitas pelo fotógrafo Urbino Brito, do Nossacara.com.
Histórico
Maécio lembrou que há 4 anos iniciciou uma luta muito ampla em defesa do Rio Buranhém, tendo feito audiência pública com a presença de quase 300 pessoas e representantes de todos os municípios por onde passa o Rio Buranhém. Lembrou ainda que entregou ofícios ao ex-governador Rui Costa, ao Governo Federal, à ANA (Agência Nacional de Águas), além da Embasa.“Justamente a Embasa, empresa que retira seus recursos financeiros de um manancial hídrico sem pagar nada e sem se preocupar com o assoreamento que acontece justamente no lugar da captação”, criticou.
Indignado, Maécio disse ainda que o rio está cheio de bolsões de areia e que a degradação é visível especialmente próximo às margens, sem falar da poluição por agrotóxicos.
Solução
O parlamentar sugeriu a criação de um programa para recuperação do manancial, “no qual a Embasa poderia participar com recursos, como uma espécie de contrapartida pelos dividendos econômicos advindos da concessão que ela detém para explorar e distribuir água na cidade de Eunápolis”.
“É uma concessão maravilhosa”, ironizou o edil. “A Embasa não investe em equipamentos. No dia 19 de dezembro tivemos uma enxurrada que danificou os equipamentos já precários e a população ficou sem água, enquanto eles fazem a descarga da água das chuvas. Resumindo: a Embasa explora a água do nosso manancial e nada faz pelo Rio Buranhém de onde ela tira seu benefício econômico”, ressaltou Jorge Maécio.
Jorge Maécio destacou ainda que se o Rio Buranhém secar e a Embasa for obrigada a captar água no Rio Jequitinhonha, o custo operacional tornar-se-á mais elevado, devido à distância e à necessidade de estações elevatórias, podendo ocorrer da população ser obrigada a pagar mais caro pela água que consome, como já ocorre em outras cidades, como em Itabuna, cuja captação é muito distante da zona urbana.
“Para a Embasa é mais cômodo recuperar e proteger o manancial, preservar este local de captação uma vez que é mais próxima da ETA (Estação de Tratamento de Água) e que já dispõe de toda a infraestrutura, embora necessite de modernização e ampliação”, argumentou o edil.
Redação / Bahia40graus, com Ascom