Porto Seguro: Polícia Civil prende maior operador financeiro de facção  

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Durante mais uma fase da Operação Mandrack, agentes da Polícia Civil da Bahia da 1ª Delegacia Territorial de Porto Seguro prenderam nesta quinta-feira, 13  de novembro, U.J.B.C. apontado pelas investigações como o principal operador financeiro de uma organização criminosa com atuação na cidade de Porto Seguro, no tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e homicídios.

U.J.B.C. exercia papel central no gerenciamento do fluxo financeiro da facção, prestando apoio econômico direto a um dos líderes do grupo – indivíduo que foi morto em confronto policial em fase anterior da operação Mandrak, apontado como número 2 na hierarquia criminosa, com envolvimento em homicídios e no controle do tráfico de drogas na região.

As análises de inteligência financeira identificaram uma movimentação total de R$ 2,8 milhões, realizada por meio de empresa registrada em nome de U.J.B.C., no ramo de comércio varejista de vestuário em Porto Seguro. 

Também foram constatadas movimentações financeiras suspeitas que somam aproximadamente R$ 1,48 milhão, realizadas por meio de contas bancárias de familiares, especialmente de sua companheira, o que demonstra o uso de estruturas sobrepostas para dissimular a origem e a titularidade dos recursos.

A operação Mandrack bloqueou cerca de R$14 milhões desta facção,  que freia as ações da organização criminosa na região de Porto Seguro.

As provas coletadas apontam que o investigado exercia dupla função dentro da organização criminosa, atuando como braço financeiro, responsável por movimentar, ocultar e reinserir no mercado formal os lucros oriundos do tráfico de drogas, além de gerenciar o repasse de valores entre os integrantes da facção, assegurando o funcionamento e a manutenção da estrutura delitiva.

A prisão representa um golpe significativo na estrutura financeira da facção, atingindo diretamente o núcleo responsável por viabilizar economicamente as atividades criminosas em Porto Seguro.

A Operação Mandrack segue em andamento, com novas diligências voltadas à identificação de outros envolvidos e ao rastreamento do patrimônio obtido por meio das atividades ilícitas. A gravidade, sofisticação e extensão da organização criminosa identificada evidenciam a necessidade de ação coordenada entre os órgãos do Sistema de Justiça Criminal para a completa desarticulação da estrutura delitiva.

Fonte: 23ª Coorpin – Policia Civil.