Inelegível, Robério não tem candidato para 2020
Condenado duas vezes por colegiado de 2ª instância – uma no Tribunal de Justiça da Bahia e outra no TRF1, em Brasília, além de enfrentar diversas condenações de 1ª instância, o prefeito de Eunápolis, Robério Oliveira (PSD), sabe que não será candidato à reeleição nem por milagre de Santa Mala, que sempre o livrou nessas horas.
Mas o problema não é esse e sim a falta de um sucessor confiável para manter a família Oliveira no poder, sem risco de acabar o império.
Caso a impunidade prevaleça e Robério consiga chegar às eleições de 2020 no cargo, a falta do sucessor será a principal dor de cabeça dele. Veja por que:
1 – Colocando a filha como sucessora ele terá de renunciar 6 meses antes das eleições;
2 – Seu sucessor imediato é o vice-prefeito Flávio Baiôco (Podemos), hoje num grupo de prefeito Neto Guerrieri, opositor declarado de Robério por razões que ele não esconde;
3 – Baiôco assumindo a prefeitura será fim de linha para as pretensões roberistas, porque ele a máquina não estará à disposição da filha do prefeito;
4 – Na hipótese de Robério sair candidato mesmo sabendo da inelegibilidade, para renunciar no último minuto, o problema é que ele não tem carta na manga, nenhum candidato confiável e capaz de reverter o cenário eleitoral desfavorável nas urnas;
5 – No beco sem saída, resta ao prefeito de Eunápolis comprar logo umas caixas de lenço pra chorar muito. Afinal, vai perder o palanque onde gosta de derramar lágrimas de crocodilo alegando perseguição e ingratidão, o que ele é mestre em fazer.
Por Geraldinho Alves, jornalista e editor do Bahia40graus