DEM condena em nota tentativa de intimidação às instituições
Ameaça velada de Bolsonaro feita ao vivo na CNN, na manhã desta quinta-feira, 28 de maio, elevou a temperatura e Brasília.
O presidente nacional do Democratas, ACM Neto, divulgou nota no site do partido, em seguida, condenando a tentativa de intimidar as instituições.
LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA
O Democratas acompanha, com apreensão, o momento atual e acredita que a única saída está no diálogo e na união de todos. O país precisa de equilíbrio e responsabilidade, não de radicalizações ou ameaças.
Condenamos e combateremos qualquer tentativa de intimidação às instituições do nosso país. É inaceitável tratar qualquer defesa de ruptura institucional como solução para esse momento de crise.
A defesa intransigente da democracia está no DNA do Democratas. Na nossa opinião, a democracia é um valor absolutamente inegociável.
Assina a nota Antônio Carlos Magalhães Neto, presidente nacional do Democratas.
O QUE HOUVE
Na conversa diária no cercadinho da imprensa e apoiadores em Brasília, Bolsonaro fez um desabafo e ameaçou:
– Mais um dia triste na nossa história. Mas o povo tenha certeza, foi o último dia triste, disse o presidente.
– Repito, não teremos outro dia igual ontem. Chega. Chegamos no limite. Estou com as armas da democracia na mão. Eu honro o juramento que fiz quando assumi a presidência da República, frisou.
Sem citar o nome do ministro do STF Alexandre de Moraes, Bolsonaro disse ainda que não irá admitir decisões tomadas de forma “quase que pessoal”.
Moraes também suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para a direção-geral da Polícia (PF), outra decisão criticada fortemente por Bolsonaro.
– Acabou, porra! Me desculpe o desabafo. Acabou. Não dá para admitir mais atitudes de certas pessoas, tomando de forma quase que pessoal certas ações.
Bolsonaro disse que o “gabinete do ódio”, citado na decisão de Moraes, foi inventado e que um processo não pode ser aberto a partir de um “factoide”.
“Gabinete do ódio” é o nome atribuído a assessores da Presidência, que supostamente participariam de um esquema de divulgação de ataques e mentiras (fake news) nas redes sociais.
Buscas e apreensões
As buscas e apreensões contra os envolvidos, na quarta (27), foram pedidas pela Polícia Federal nas investigações e autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes.