Rui Costa abre mercado para médicos formados no exterior e provoca protestos

Compartilhe

18/03/21 – Entidades de classe que representam médicos na Bahia protestam contra o programa que flexibiliza a revalidação de diplomas de profissionais formados em faculdades fora do país, lançado na segunda-feira (15) pelo governo do estado.

A justificativa é ampliar a equipe que atua diretamente no atendimento aos pacientes de covid. Agora, imagine médicos com formação precária atendendo casos urgentes de coronavírus.

Campanha

A Associação Bahiana de Medicina (ABM) prepara uma campanha publicitária mostrando os riscos de “que médicos sem comprovada formação e experiência técnica sejam contratados pelo poder público”.

AMB

“A linha de frente da pandemia exige profissionais experientes com formação sólida. Não se sabe o nível de conhecimento de médicos graduados em países como Bolívia, Paraguai e Argentina. Esse programa representa um perigo extremo para a saúde das pessoas”, critica o presidente da ABM, César Amorim.

A iniciativa do governo petista tem como base a lei que possibilitou a validação do diploma obtido no exterior por universidades brasileiras autorizadas pelo MEC. Porém, entidades médicas lutam na Justiça para que o processo volte a ser feito apenas pelo programa Revalida, no qual o graduado, estrangeiro ou não, se submete a uma prova elaborada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e aos critérios definidos pelo Conselho Federal de Medicina. 

“Esse modelo é indispensável para que se preste assistência confiável e de qualidade aos pacientes”, conclui o presidente da ABM.

Faculdades baianas

As faculdades de medicina no estado também devem se manifestar em defesa do mercado de trabalho.