Herdeiro das Casas Bahia Ă© denunciado por estupro e aliciamento de 14 mulheres
24/05/21 – O nĂșmero de vĂtimas do empresĂĄrio pode ser bem maior. Sua defesa diz que
O MinistĂ©rio PĂșblico de SĂŁo Paulo abriu inquĂ©rito para apurar denĂșncia coletiva de 14 mulheres contra o atual dono da rede de lojas de varejo Casas Bahia, Saul Klein, de 67 anos, filho caçula do fundador da rede, Samuel Klein, falecido em 2014, aos 91 anos.
A promotora Gabriela Manssur, fundadora do projeto Justiceiras, encaminhou as denĂșncias para a Ouvidoria Nacional do MinistĂ©rio PĂșblico. Os relatos das 14 jovens (algumas eram menores de idade quando ocorreram os atos) sĂŁo de orgias, sexo sem consentimento nem preservativo e violĂȘncia sexual.
Segundo o MinistĂ©rio PĂșblico, os eventos privĂȘs, rotineiros, eram realizados durante uma dĂ©cada em um sĂtio no interior de SĂŁo Paulo. Saul Klein foi denunciado por aspirantes a modelo, estudantes, garotas de programa e atĂ© por uma ex-funcionĂĄria da Avlis, agĂȘncia contratada para organizar as festas para jovens bonitas dispostas a agradar um âsugar daddyâ, como Saul se denomina. O termo em inglĂȘs se refere a homem mais velho (papai de açĂșcar, em tradução livre) que tem o fetiche de sustentar mulheres bem mais novas, “sugar babies”, em troca de afeto e/ou sexo.
Esquema
Segundo publicado no jornal Folha de SĂŁo Paulo, o esquema montado para deleite de Saul passava por uma triagem feita por ginecologistas contratadas para examinar as convidadas. ApĂłs avaliação ginecolĂłgica e checagem de doenças sexualmente transmissĂveis, as jovens eram liberadas ou nĂŁo para ter relaçÔes sexuais com o anfitriĂŁo, sempre sem camisinha.
Defesa
O advogado do empresĂĄrio disse Ă Folha que âo maior deleite de Saul vinha da interação com mulheres interessantes e bonitas em conversas, jogos, danças, leituras e experiĂȘncias ligadas Ă arteâ. A defesa do empresĂĄrio sustenta a tese de que âa fantasia dele era se cercar de jovens para horas de prazer mental e fĂsico, em ambiente desprovido de julgamentosâ.
FOTO: Leticia Moreira/Folhapress