O fundão eleitoral é só a cortina de fumaça, o caixa 2 é muito maior

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22/08/21 – A discussão em pauta na imprensa do novo fundo eleitoral a ser definido essa semana é só uma cortina de fumaça para esconder o verdadeiro rombo nos cofres públicos em todo o país causado pelo caixa 2 de campanha. A política no Brasil é muito cara porque é o meio mais rápido de enriquecimento às custas do dinheiro dos contribuintes. Proporcionalmente aos desvios e apesar de tantas leis e transparência obrigatória dos atos, a punição por corrupção é mínima. Por isso, a tão falada democracia brasileira é, na verdade, um mercado aberto de compra e venda de votos.  

1 – Empresários e lobistas financiam campanhas à base de caixa 2 para depois cobrar a dívida de políticos eleitos em contratos rentáveis pagos com dinheiro público, sob o disfarce da legalidade. 

2 – Na esfera municipal, as dívidas podem ser pagas com nomeações ou por meio de contratos rentáveis como medicamentos, máquinas e equipamentos, lixo, transporte escolar, obras e serviços de infraestrutura, publicidade e outros. Tudo pago com dinheiro público, ressalte-se. 

3 – No caso de deputados, o pagamento de dívidas pode ser via emendas parlamentares e convênios, que requer um esquema criativo envolvendo empresas e servidores, nas esferas municipal, estadual e federal. 

4 – Deputados também podem usar prefeituras ‘parcerias’ para esquemas de emendas e convênios à base do toma lá dá cá.