Eunápolis: o futuro incerto da Comissão Processante 

Compartilhe

O presidente da Comissão Processante da Câmara de Vereadores de Eunápolis, Jairo Brasil (PP), ainda não se pronunciou sobre as bem fundamentadas liminares do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), 2ª instância, que suspenderam os efeitos dos atos da Comissão (ilegais segundo o Tribunal) e a continuidade dos trabalhos do colegiado (que seriam ilegais também). 

Um eventual recurso parece que compete à Procuradoria da Casa, que agora tem outras prioridades, como resolver a situação da segurança física dos membros da Câmara, servidores, prestadores de serviço e do público, o que resultou na interdição da Câmara pela Justiça Trabalhista.

E a solução passa pelo julgamento dos atos do vereador Adriano Cardoso (Solidariedade). A Câmara vai abrir processo de cassação ou não? Até lá, o futuro da Comissão Processante é bem incerto e ainda tem o julgamento do mérito do pedido de suspeição feito pela defesa da prefeita contra a vereadora Arilma Rodrigues (União Brasil).

Na batalha judicial no TJ-BA a Comissão leva imensa desvantagem porque teria interpretado de forma equivocada o Artigo 201/67, segundo advogados consultados pelo Bahia40graus.   

Politicamente, ainda tem muita água para passar por debaixo da ponte.

Lideranças políticas como Ronaldo Carletto (que está trocando o PP pelo Avante) e Robério Oliveira (PSD) ficaram reticentes e se desinteressaram pelo enredo, o que praticamente sela o destino do movimento conspiratório dentro da Câmara.

Por Geraldinho alves, jornalista e editor do Bahia40graus