EUNÁPOLIS: mesmo com dinheiro na conta, APLB deixa 20 mil alunos sem aulas
A APLB (Sindicato dos Professores), em Eunápolis, tirou os professores da sala de aula, nesta quinta-feira, 1º de junho, prejudicando – mais uma vez – 20 mil alunos da rede municipal em outra greve meramente política, sem motivo que justifique.
A APLB protestava contra um suposto atraso dos salários de maio. Mas o dinheiro estava na conta na quinta-feira, garante uma alta fonte da gestão municipal. A falta de compromisso com a Educação por parte da APLB é notória. Afinal, a gestão vem pagando regularmente os salários dos professores (que é verba carimbada) e demais servidores.
Trata-se de 20 mil alunos que sofreram no ano passado cerca de 200 dias de greve, causando transtornos às famílias e à sociedade. Essa geração de alunos já perdeu o futuro! Muitos pais estão revoltados. Principalmente na Educação, a greve deve ser a última instância após o diálogo e a pressão.
Ligada ao PT, a presidente da APLB já declarou, inclusive, suas pretensões políticas, ela mira na lua para acertar a montanha. Vai continuar tentando uma vaga na Câmara Municipal. É direito dela buscar espaço na política partidária, só não pode usar como trampolim o sindicato, fazendo dos professores massa de manobra. É preciso separar a política sindical da política partidária.
QUALIDADE DO ENSINO
Como será a próxima avaliação do Ideb de Eunápolis? A APLB devia focar nisso, pedindo empenho e dedicação aos professores filiados e aos gestores da Educação. O município investiu alto na Educação, nos métodos pedagógicos e na estrutura das escolas visando melhorar a qualidade do ensino. Mas quando Eunápolis verá a APLB mostrando resultados na sala de aula?
Por Geraldinho Alves, jornalista e editor do bahia40graus