Governo Bolsonaro gastou R$1,8 bilhão em alimentos e supérfluos

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O povo morrendo de Covid (218.879 mil óbitos até terça, 26/1) e o governo federal gastando R$32,8 milhões em pizza e refrigerante. O pessoal em Brasília não gasta do bolso (cujo salário já é dinheiro público também) nem com chiclete. 

No ano passado, em plena pandemia – com a economia em crise e restrições sanitárias em todo o país -, o governo Bolsonaro abriu o cofre para fazer compras milionárias de merenda e supérfluos com dinheiro do contribuinte. Os gastos revelados em reportagem do site Metrópoles http://www.metropoles.com/brasil/mais-de-r-18-bilhao-em-compras-carrinho-do-governo-federal-tem-de-sagu-a-chicletes são astronômicos para um governo que se diz austero e moralista.

Supérfluos

Além do tradicional arroz, feijão, carne, batata frita e salada, no “carrinho de compras” dos órgãos federais estavam biscoitos, sorvete, massa de pastel, leite condensado, pão de forma, geleia de mocotó, picolé, pão de queijo, pizza, vinho, bombom, chantilly, sagu e até chiclete.

Entre os gastos milionários com supérfluos estão:

1 – Chicletes – R$2,2 milhões

2 – Iogurte – R$21.4 milhões

3 – Leite condensado – R$15 milhões

4 – Batata frita – R$16,5 milhões

5 – Barra de cereal – R$13,4 milhões

6 – Ervilha em conserva – R$ 12,4 milhões

7 – Molho shoyu, molho inglês e molho de pimenta – R$14 milhões

8 – Pizza e refrigerante – R$32,7 milhões

Investigação

O senador Alessandro Vieira (Rede-SE) e os deputados Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES) pediram nesta terça-feira (26/1) ao TCU (Tribunal de Contas da União) para apurar possíveis irregularidades em compras de alimentos do Executivo Federal em 2020. Houve aumento de 20% nos gastos em relação a 2019. Os congressistas pedem que o órgão investigue a legalidade e legitimidade das compras. 

“Além do princípio da moralidade, o aumento vertiginoso dos gastos com alimentos – muitos dos quais inequivocamente supérfluos – choca-se com outros princípios enunciados pelo art. 70 da Carta Maior”, alegam os parlamentares.