Veja quem são os culpados no óbito do fundador da banda Axé Pop no Hospital da Covid em Eunápolis

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15/03/21 – Apesar de ter um contrato milionário por mês por mês, o Hospital da Covid em Eunápolis – instalado no antigo Hospital das Clínicas – não tem nenhum aparelho de hemodiálise funcionando nas UTIs. 

E por falta do equipamento, o músico Cristian Brito da Silva (foto), de 45 anos, um dos fundadores da banda Axé Pop, morreu nas instalações do hospital, no último dia 14, agonizando com Covid e necessitando de hemodiálise. A Regulação do estado não conseguiu uma vaga de UTI com hemodiálise, uma vez que o estado enfrenta um pré-colapso na saúde. 

O fato grave revoltou familiares e amigos de Cristian. Mas há uma cadeia de culpados no acontecimento, veja:

1 – Câmara de Vereadores – Aprovou os termos da contratação do hospital sem exigir o funcionamento dos equipamentos de hemodiálise e não fiscaliza a unidade hospitalar até hoje;

2 – Ex-prefeito Robério Oliveira (PSD) – Também tem culpa no cartório, porque não condicionou a abertura do Hospital da Covid à instalação e funcionamento de equipamentos de hemodiálise;

3 – Conselho Municipal de Saúde – O colegiado está sempre de olhos fechados para os absurdos que acontecem na saúde pública eunapolitana;

4 – Governo do Estado (Sesab) – Não fiscaliza o hospital e permite falta de equipamentos nas UTIs, entre outras falhas;

5 – Prefeita Cordélia (DEM) – Acha que a responsabilidade do Hospital da Covid é do estado e permite que a prefeitura atrase até o repasse para pagar salários dos servidores da unidade de saúde;

6 – Médicos – A maioria atua corporativamente e está se lixando para a população usuária do SUS. Alguns atendem SUS e em clínicas e hospitais particulares. Deveriam exigir condições mínimas nas UTIs;

7 – Direção do Hospital da Covid – A Fundação Gonçalves e Sampaio, que administra o hospital, parece que pensa mais no lucro do que em salvar vidas. Só resolve os problemas quando a imprensa vai pra cima.