Compra suspeita de respiradores pode indiciar Rui Costa após CPI
25/11/21 – Os 6 deputados baianos de oposição que foram ao Rio Grande do Norte acompanhar os trabalhos da CPI dos Respiradores na Assembleia Legislativa de lá, afirmam que o relatório da CPI deve pedir o indiciamento do ex-chefe da Casa Civil, Bruno Dauster, que intermediou a compra dos respiradores. Há também a expectativa do indiciamento do governador Rui Costa (PT), que presidia o Consórcio Nordeste e fez a compra através do Governo da Bahia.
A COMPRA SUSPEITA
A compra de 60 respiradores pelo governo da Bahia, em 2020, via Consórcio Nordeste na gestão de Rui Costa foi suspeita desde o início.
1 – Os equipamentos foram encomendados a uma pequena empresa – Hemp Care – que faz produtos à base de maconha e nunca atuou na área de saúde.
2 – A Hemp Care disse que ia terceirizar o contrato e contratar uma segunda empresa.
3 – A empresa que seria terceirizada não tinha capital social para a compra dos respiradores e nunca tinha fabricado nada.
4 – A empresária Cristiana Prestes Taddeo, dona da Hemp Care, afirmou em depoimento à Polícia Civil baiana que Dauster pediu que ela superfaturasse os equipamentos e tratava da compra por mensagens de Whatsapp.
5 – Apenas 2 dias depois de assinar o contrato, a Hemp Care recebeu o pagamento integral de R$48,7 milhões pelos respiradores, mesmo sem ter fornecido os equipamentos.
6 – Cristina também contou à polícia que Dauster pediu uma “comissão” de R$400 mil, que teria sido paga, a Carlos Kerbes, amigo de Dauster, o homem de confiança e então secretário da Casa Civil de Rui Costa.
7 – Kerbes é sócio do irmão de Dauster.
8 – Toda a negociação entre a Hemp Care e Dauster foi acompanhada por Carlos Gabas, secretário-executivo do Consórcio Nordeste.
O dinheiro até hoje não foi devolvido aos cofres públicos. Ninguém foi punido.