Covid: variantes da ômicron preocupam

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Após a subvariante da ômicron BA.1 ter sido responsável pelo surto de covid-19 que ocorreu a partir de dezembro e ainda é predominante no Brasil, a BA.2, que tem causado preocupação de especialistas por ser mais contagiosa que suas antecessoras.

A BA.2 já é responsável pelo aumento de infecções por covid-19 em toda a Europa. Embora seja mais transmissível do que a ômicron original, dados sugerem que a BA.2 não causa uma forma mais grave da doença do que as subvariantes anteriores da ômicron.

Mas quem já contraiu a ômicron pode se reinfectar com a BA.2? Quando a variante ômicron começou a se espalhar no final de 2021, ela provocou o maior surto da pandemia de coronavírus. Acreditava-se que a ômicron causava infecções mais leves do que as variantes anteriores, mesmo sendo mais infecciosa.

Tanto as pessoas que já haviam se recuperado da covid-19 quanto as vacinadas contraíram a ômicron – mesmo aquelas que receberam uma dose de reforço da vacina anticovid. A subvariante BA.2 pode ser mais contagiosa que a ômicron original, conhecida como BA.1.

Mas os dados até agora são inconclusivos, e os cientistas estão divididos. Alguns dizem que podemos estar lidando com uma variante completamente nova do coronavírus.

Reinfecções são possíveis, mas podem ser raras

Dados iniciais do Reino Unido mostram que algumas pessoas estão se infectando tanto com a variante original da ômicron (BA.1) quanto com sua subvariante BA.2.

Isso parece ser apoiado por evidências do Vanderbilt University Medical Center, nos EUA. Os médicos disseram à DW que viram casos de pessoas sendo reinfectadas com a ômicron, a exemplo dos dados coletados por médicos do Reino Unido.

Mas Shira Doron, médica e professora associada da Tufts University School of Medicine, nos EUA, não reportou nenhuma reinfecção pela ômicron. Doron afirmou que os casos relatados como reinfecções podem, de fato, se tratar de “falsos positivos”.

“Quando vejo alguém que foi reinfectado, sempre o convido para refazer o teste. E, muitas vezes, vejo que o segundo exame dá negativo”, contou Doron.

Já um estudo dinamarquês do final de fevereiro sugere que a reinfecção é possível, mas extremamente rara.

O estudo analisou cerca de 1,8 milhão de casos durante a onda inicial da ômicron – do final de novembro de 2021 a meados de fevereiro de 2022.