Prefeita de Eunápolis propõe fim da greve dos professores, agora só depende da APLB e dos vereadores

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Em entrevista à rádio 104 FM, nesta terça-feira (3), no programa Vida Comunitária, a prefeita de Eunápolis, Cordélia Torres (UB), propôs à APLB o fim da greve de professores da rede municipal que já dura duas semanas, deixando aproximadamente 20 mil alunos fora da sala de aula, sem aprender.

“Como mãe, não só como gestora, eu compartilho da angústia destes pais ao ver seus filhos que já passaram por 2 anos fora da sala de aula e no momento em que nós temos autorização para ter 100% de aula presencial, hoje estamos vendo aí uma greve que já se estende por algumas semanas”, destacou a prefeita.

LEI DO PISO

A prefeita citou e leu a Lei 11.738/2008 que fala do novo piso salarial nacional do profissional do magistério, que diz quais os profissionais beneficiados pelo novo piso. 

A lei deixa claro que os beneficiados devem ter a formação mínima em nível superior em curso de licenciatura e no caso de educação infantil e nas séries iniciais é admitida a formação de nível médio. 

A gestora destacou que enviou à Câmara decreto elevando o piso (salário base) do professor nível 2 em R$4.201, acima do piso nacional estabelecido de R$3.845.

ESTATUTO DO MAGISTÉRIO

A prefeita explicou que a própria APLB aprovou o Estatuto do Magistério que impede que os professores nível 1 recebam igual aos professores nível 2.

Reiterando que a greve não tem justificativa legal e que seria apenas um ato de interesse político eleitoral, a prefeita Cordelia desafiou a presidente do sindicato da categoria a aceitar o fim da greve. 

Para isso, a diretora sindical Jovita Lima teria que propor à Câmara Municipal a alteração do Estatuto do Magistério, que impede a prefeita legalmente de dar reajuste diferenciado para os cerca de 68 professores de nível 1 (Magistério, sem formação superior), como quer a APLB.

Cordélia rebateu ainda os outros pontos alegados pela APLB para justificar a greve.

1 – A escolas foram requalificadas;

2 – A merenda escolar é de primeira qualidade, com o cardápio acompanhado por nutricionistas;

3 – A frota do transporte escolar é nova e de qualidade;

4 – Os profissionais da Educação estão sendo valorizados e reconhecidos com investimento na qualificação profissional, material pedagógico de primeira e nível nacional.

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