Cesta básica consome mais da metade do salário mínimo

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Em janeiro, o preço da cesta básica subiu em 11 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicos (Dieese). Os preços, sobretudo dos alimentos, continuam penalizando as famílias, em especial as mais pobres. Em pelo menos nove capitais, o valor da cesta básica ultrapassa os R$700, consumindo mais da metade do atual salário-mínimo (R$1.302).

“Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em janeiro de 2023, 57,18% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos. 

Segundo o Dieese, os preços subiram com maior intensidade neste começo de ano nas capitais nordestinas – com destaque para o aumento em Recife (+7,61%), João Pessoa (+6,80%), Aracaju (+6,57%) e Natal (+6,47%).

Em um ranking entre as cidades, São Paulo permanece com a cesta básica mais cara. Em janeiro, a média apurada foi de R$790,57 – mais de 60% do piso mínimo. Em seguida, apareceram as cestas básicas do Rio de Janeiro (R$770,19), Florianópolis (R$760,65) e Porto Alegre (R$757,33)