MST ocupa 3 fazendas de eucalipto no extremo sul da Bahia nesta segunda-feira

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Na madrugada desta segunda-feira (27), famílias do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST) na Bahia ocuparam três fazendas no extremo sul baiano. 

As 3 propriedades rurais são de plantio de eucalipto, da empresa Suzano Papel e Celulose, localizadas nos municípios de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas.

REFORMA AGRÁRIA

Com as ocupações, as famílias reivindicam a desapropriação imediata das áreas para fins de reforma agrária. Para o MST estas propriedades atualmente não estariam cumprindo sua função social.

CRÍTICAS AO MODELO

O movimento critica a grande concentração de terras por fazendeiros e empresas do agronegócio na Bahia e que essa prática contribui diretamente para o aumento indiscriminado dos índices de desigualdades sociais, causa impactos ambientais irreversíveis, provocando um descontrole ambiental com chuvas torrenciais, enchentes, deslizamentos de terra, secas prolongadas e incêndios devastadores.

Para o MST, o modelo de produção baseado na concentração de terra e no monocultivo é insustentável e não gera desenvolvimento. Sua prática causa danos sociais, culturais e ambientais são incalculáveis. Para Eliane Oliveira, da direção estadual o MST na Bahia, o território baiano sofre com a destruição sistemática dos recursos naturais, com o envenenamento dos solos e o assoreamento de nossos rios.

DESIGUALDADE

“Como contabilizar o custo social das milhares de famílias que foram expulsas de suas terras e hoje vivem na vulnerabilidade social das periferias das cidades, nas encostas e nas margens das estradas? Como justificar o fato de termos as maiores taxas de concentração fundiária do país, e com eles graves índices de desigualdade social?”, questionou Eliane.

FONTE E FOTOS: IMPRENSA / MST