Quem era o jornalista e candidato a presidente de Equador que foi assassinado

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Jornalista e ativista, Fernando Villavicencio ficou marcado pela sua luta por transparência, liberdade de imprensa e direitos humanos.

Fernando Villavicencio, de 47 anos, jornalista e candidato a presidente do Equador, foi assassinado com tiros na cabeça depois de sair de um comício em uma escola na cidade de Quito (capital), nesta quarta-feira (9). Segundo informações iniciais, três criminosos efetuaram disparos de metralhadoras. Nove pessoas ficaram feridas, entre elas, uma candidata à Câmara de Deputados e dois policiais. A polícia de Quito disse que um dos suspeitos do crime foi morto depois de uma troca de tiros. Seis pessoas foram detidas por suspeita de envolvimento no caso.

Ele mexeu com muitos poderosos

A sede do partido ‘Movimiento Construye’, ao qual Villavicencio pertencia, também foi atacada por homens armados, de acordo com relatos em uma rede social.

O trabalho de Villavicencio como jornalista no Equador teve como foco denúncias envolvendo o narcotráfico e a corrupção da elite política do país: “Ele mexeu em interesses de muitos poderosos”, disse o analista político Maurício Santora.

Ele ganhou destaque no cenário político e midiático do Equador, onde ele se tornou uma voz crítica e incisiva em relação ao governo e às políticas públicas.

Era o 5º nas pesquisas

Na disputa pela presidência, uma pesquisa de intenção de voto publicada na terça-feira (8) apontou que Villavicencio estava 5º lugar, segundo o jornal “El Universo”. A votação está marcada para o dia 20 de agosto.

Nota do Itamaraty

Por meio de nota, o Itamaraty disse ter tomado conhecimento do caso “com profunda consternação”.

“Ao manifestar a confiança de que os responsáveis por esse deplorável ato serão identificados e levados à justiça, o governo brasileiro transmite suas sentidas condolências à família do candidato presidencial e ao governo e povo equatorianos.”