PF faz operação no extremo sul para investigar fraudes em licitações a partir de 2018

Compartilhe

Dois grupos de empresários suspeitos de fraudar licitações no extremo sul da Bahia estão sendo alvos da Operação Expurgo, deflagrada na manhã desta quinta-feira (17/8), pela Polícia Federal. As investigações começaram em 2018, não se trata de coisa recente.  

As fraudes são na área de Saúde e Obras. Informações chegaram à Redação de que, em Porto Seguro, um assessor de um vereador sofreu busca e apreensão em sua residência. Em Itapebi, um ex-secretário também teria recebido a visita dos policiais federais. Em Cabrália, um funcionário seria alvo da operação, a PF teria levado o computador e celular  

Estão sendo cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, 14 mandados de suspensão de servidores públicos, além de outras medidas judiciais, nas cidades de Teixeira de Freitas, Prado, Medeiros Neto, Santa Cruz de Cabrália, Porto Seguro, Mucuri, Itapebi e Belmonte, além de mais duas cidades do Espírito Santo (Vila Velha e São Mateus). Ainda segundo a PF, o grupo movimentou R$ 92 milhões em suas contas bancárias.

Servidores públicos também se beneficiaram do esquema. Com o material apreendido hoje, a PF pretende detalhar ainda mais a extensão dos danos ao patrimônio público. Os envolvidos responderão por corrupção ativa, corrupção passiva e fraudes licitatórias, podendo as penas, se somadas, chegar a mais de 20 anos de prisão.

ESPETÁCULO INÚTIL

O extremo sul da Bahia está traumatizado com essas operações espetaculares da Polícia Federal, a exemplo das operações Gênesis e Fraternos, deflagradas em 2017, em Porto Seguro, Eunápolis e Cabrália. Não adiantou o impacto na mídia nacional, os réus graúdos permanecem sem punição no judiciário em Brasília. As duas operações, no fundo, serviram apenas para o desgaste político.