Capitão da PM é preso por cobrar para livrar alvos de operações policiais na região de Cabrália e Porto Seguro

Compartilhe

24/07/24 – Uma operação deflagrada na manhã desta quarta-feira (24), cumpriu dois mandados de prisão preventiva contra duas pessoas, entre elas um capitão da Polícia Militar, investigadas por integrar organização criminosa que cobrava valores e vantagens indevidas de empresários e comerciantes de Porto Seguro, Cabrália e Eunápolis, para livrá-los de eventuais ações policiais.

A ‘Operação Sordidae Manus’ foi deflagrada por uma ação integrada do Ministério Público estadual, por meio do Gaeco Sul (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), da Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP), da Polícia Militar, pela Corregedoria da PM e pela Força Correcional Especial Integrada (Force).

1 – Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão nos municípios de Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália, Eunápolis e Ilhéus, inclusive na residência do PM e em sedes de empresas envolvidas;

2 – Os mandados foram expedidos pela Vara de Auditoria Militar de Salvador e pela Vara Criminal da  Comarca de Santa Cruz de Cabrália; 

3 – As investigações foram iniciadas pela própria Polícia Militar, a partir da Promotoria de Justiça de Santa Cruz Cabrália;

4 – Segundo as investigações do Gaeco, o capitão da PM preso nesta quarta-feira seria o “cabeça” da organização criminosa;

5 – Ele teria recebido valores indevidos de empresários, comerciantes, pessoas com litígios de terras e políticos locais de Santa Cruz Cabrália, Porto Seguro e outros municípios da região;

6 – Em troca do dinheiro, o oficial da PM teria retardado ou deixado de praticar seu dever funcional de policial, inclusive avisando aos comerciantes locais sobre operações da Polícia Militar, para evitar abordagens e possíveis apreensões e flagrantes contra os transgressores;

7 – O capitão é investigado por crimes de prevaricação, associação criminosa, corrupção passiva, concussão (exigir vantagem indevida em razão da função pública), ameaças, receptação, extorsão, lavagem de dinheiro, peculato, dentre outros;

8 – Comerciantes da região também são alvo de investigação, por crime de corrupção ativa.

9 – Todo o material apreendido na operação será analisado pelo Ministério Público e em seguida enviado para ser periciado.

Redação / Bahia40graus

Fonte: SSP-BA