O judiciário não pode perder a credibilidade que resta

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26/07/24 – A começar pela Suprema Corte do país, o STF, o Poder Judiciário brasileiro vem sofrendo um desgaste sistemático diante de decisões que vêm desagradando grande parte da sociedade e segmentos, mas favorecendo outros. É fato que existe uma crise de confiança no Judiciário em geral.

Judiciário baiano

Na Bahia, o Poder Judiciário vive sob pressão constante. A Operação Faroeste realizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), implodiu o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), com prisões de magistrados em um escândalo nacional de venda de sentenças, que até hoje tem desdobramentos. Quem sobreviveu ainda tenta juntar os fragmentos. Agora mesmo, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) fez uma ‘quase intervenção’ na Corte para reorganizar a parte administrativa que seria brecha para potenciais irregularidades.

Porto Seguro

O judiciário de Porto Seguro foi alvo recente de uma operação da Corregedoria do TJ-BA, que afastou 3 juízes da Comarca, com denúncias de corrupção, grilagem, agiotagem e lavagem de dinheiro, venda de sentenças e favorecimentos, entre outros crimes. O caso é tão complexo e envolve tanta gente graúda que já sumiu da mídia.

Uma coisa precisa ser dita: o Poder Judiciário, cuja maioria dos magistrados é comprometida com a função (ressalte-se), precisa urgente resgatar a confiança da sociedade.

Pode parecer até utopia, mas a Bahia, em especial, precisa deixar de ser o estado onde quando se fala do Poder Judiciário, em qualquer instância, logo vem à tona nomes de empresários, advogados e políticos influentes. O Estado Democrático de Direito requer um Poder Judiciário independente. Principalmente de interesses políticos partidários.  

Geraldinho Alves / Bahia40graus