Está todo mundo sem entender nada na política de Eunápolis

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27/07/24 – Deu a louca na política de Eunápolis. O ex-presidente da Câmara Municipal, Paulo Brasil, por meio de seu advogado constituído, segundo consta o documento publicado pelo Bahia40graus e outros sites, moveu uma ação no Tribunal de Justiça da Bahia levantando suspeita sobre a documentação apresentada pela Câmara em juizo no caso em que o ex-prefeito Neto Guerrieri (Avante) tenta reverter sua condição de ficha suja por ter suas contas rejeitadas pelo plenário em 2018. O fato teve grande repercussão no meio político.

Mas a reação midiática do atual presidente da Câmara, Jorge Maécio (Avante), foi registrar um Boletim de Ocorrência na Polícia contra a imprensa, alegando danos morais, quando na verdade como chefe do Poder Legislativo ele deveria agir nos autos do processo para esclarecer à justiça o que está sendo questionado. Ou seja, provar com laudo pericial que os documentos não foram falsificados. Simples.

Curiosamente, ao mesmo tempo em que Jorge Maécio fazia o seu espetáculo midiático, o pré-candidato a prefeito Neto Guerrieri – do mesmo partido de Jorge (Avante) – postou vídeo afirmando que opositores falsificaram documentos dentro da Câmara (isso mesmo, dentro da Câmara) para lhe prejudicar. Como assim? Neto não apresentou provas do que afirmou. Nem deu nomes aos bois. Mas qual a lógica dessa narrativa? 

Agora, a justiça está diante de um grande dilema criado pelo próprio autor do processo que contesta o julgamento da Câmara. A documentação apresentada seria verdadeira ou falsa? Cabe uma perícia e a entrada em campo do Ministério Público, TCM e até da Polícia Federal, a depender da gravidade dos fatos. Está claro que não é mais um caso simples. 

Enquanto isso, a sociedade eunapolitana está perplexa diante de tanta confusão criada. Ressaltando que a imprensa, por sua vez, apenas noticiou os fatos com base na ação movida pelo advogado do ex-presidente da Câmara. Cumpriu seu papel de ofício.  

Quem souber esclarecer que se manifeste, mas não valem narrativas midiáticas eleitoreiras, patéticas. 

Já disseram que, dessa vez, os estoques de Rivotril e Diazepam vão acabar. 

 

Geraldinho Alves / Bahia40graus